2 de jan. de 2009

Pateo do collégio

O começo de tudo!!!

Um dos locais mais visitados em São Paulo, pode-se dizer que aqui começou o que hoje se transformou numa das maiores metrópoles do mundo. São Paulo nasceu a partir da construção de uma pequena cabana de pau-a-pique onde se reuniam 13 jesuítas, entre eles José de Anchieta e o padre Manoel da Nóbrega, empenhados em catequizar os nativos.
A oficialização da fundação da cidade ocorreu no dia 25 de janeiro de 1555. a mesma data da conversão do apóstolo Paulo, nome que deu origem a cidade. Em dezembro de 1556 a casa foi ampliada para abrigar o colégio dos jesuítas. Com a expulsão dos religiosos determinada em 1759 pelo Marquês de Pombal, o Pateo do Collégio se tornou o Palácio dos Governadores entre os anos de 1765 e 1908. Nessa época grande parte do acervo da igreja se perdeu devido a um desmoronamento.
O local só voltou a sua vocação original entre 1932 e 1953, quando foi transformado em Secretaria da Educação. No ano de 1954 a Companhia de Jesus iniciou o projeto de reconstrução do colégio que só terminou em 1979 com a fundação do Museu do Padre Anchieta e da Igreja Beato Anchieta.
Hoje o complexo abriga diversas atividades culturais. O Museu, composto por sete salas, expõe coleções de arte sacra, uma pinacoteca, objetos indígenas, uma maquete de São Paulo no século XVI, a pia batismal, antigos pertences de Anchieta, entre outras coisas.

Atualmente em seu interior há fragmentos de uma parede do antigo colégio dos jesuítas, datado de 1585. A edificação atual procura simular a original seiscentista, visto que em 1896 a igreja foi demolida e o Palácio dos Governadores foi derrubado por volta de 1954, sendo inaugurado o conjunto no formato atual em 1979 lá também está a sede do Museu Anchieta.

Bairro da Liberdade em São Paulo

Liberdade, Liberdade abre as asas sobre nós!!!!


O famoso bairro oriental de São Paulo já foi palco de grandes lutas na história da capital. O nome Liberdade vem dos tempos da abolição dos escravos. Antigamente, a área era conhecida como Campo da Forca. No centro do bairro, no largo está a Igreja da Santa Cruz, que ficou mais conhecida calmo Igreja dos Enforcados. É lá que as pessoas vão acender velas para as almas. Nas imediações existia, já por volta de 1770, um dos primeiros cemitérios da capital, onde eram enterrados os escravos.

A chegado dos Japoneses

A imigração dos japoneses para o Brasil começou em 1908, com a chegada do navio Kasatu Maru no porto de Santos. O início da caracterização da Liberdade como bairro tipicamente japonês se deu no ano de 1912, quando os primeiros imigrantes começaram a se fixar na Rua Conde de Sarzedas. Antes disso, aqueles que decidiam trocar a Ásia pelo Brasil se direcionavam principalmente para o interior do estado de São Paulo.Com o passar do tempo, esses “desbravadores” foram se habituando ao local e as atividades comerciais à moda japonesa passaram a surgir ali. O resultado de décadas dessa influência é o que pode ser observado hoje: a Liberdade é um pedaço do Japão na maior metrópole da América do
Sul. Calcula-se que cerca de 400 mil japoneses e descendentes morem hoje em São Paulo.

A rua Tomás Gonzaga tem alguns dos mais antigos restaurantes japoneses de São Paulo. Livrarias como a Sol (pça. da Liberdade, 153, S3208-6588) oferecem tudo em mangás, os quadrinhos japoneses. Na rua São Joaquim, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa promove cursos e abriga o Museu da Imigração Japonesa, e fica o Centro de Chado Urasenke (nº 381, sala 44, S 3815-3641), que ensina a cerimônia do chá. Entre os eventos locais, há a Festa do Moti Tsuki (31 de dezembro), para celebrar o ano-novo; o Hana Matsuri (abril), em honra a Buda; e o Tanabata Matsuri (julho), em que se anotam desejos em papéis presos em galhos de bambu. Na praça da Liberdade, as manhãs (6h-7h) são tomadas pelo Rádio Taissô, com exercícios ao som de música japonesa. A praça sedia a Feira Oriental (dom e dois sáb por mês), com comidas orientais e, entre janeiro e fevereiro, o Ano-Novo Chinês, do calendário lunar.

O Templo Busshinji

Todo de madeira e com teto piramidal, este templo budista, da Comunidade Soto Zen Shu, de tradição japonesa, foi inaugurado em 1995. Nas visitas e cerimônias, só se entra com pés descalços. No altar há três armários com budas de madeira. Instrumentos percussivos marcam as cerimônias. Além dos ritos semanais, uma vez por mês há a Cerimônia de Kannon, manifestação de Buda ligada à compaixão.
O budismo japonês é o que predomina na cidade, embora também haja instituições dedicadas ao budismo chinês e ao tibetano. Além da tradição zen, o budismo do Japão tem variantes que incorporam o sincretismo com o xintoísmo, uma das religiões mais popularesno país. É interessante combinar a visita a este templo com uma ao belo Templo Quannin, também budista chinês, situado no viaduto da rua Conselheiro Furtado.
O Museu da Imigração Japonesa

Um passeio pelo bairro oriental da Liberdade não pode acabar sem uma visita a este museu. Entre as 1.800 peças do acervo, não perca as réplicas do Kasato-Maru (navio que em 1908 trouxe os pioneiros imigrantes japoneses ao Brasil) e a mostra do pós-guerra, que lembra os dekasseguis (nipo-brasileiros que emigraram para o Japão). Há também uma sala de projeção, que exibe documentários.